Cemig Saúde

O Conselho Deliberativo da Cemig Saúde aprovou, nesta quinta-feira (30/6), com o "voto de Minerva", a criação de “novos produtos”. O que chamam de "novos", na verdade são planos inferiores com menores coberturas e com restrições de região de atendimento.

Os novos planos trazem alguns prejuízos, dentre eles a qualidade propriamente dita, por terem coberturas regionais e acomodação enfermaria; também acabam com grupo familiar e extinguem as referências de máximo e mínimo de contribuição, individualizando as contribuições por beneficiário e faixa etária.

Estudos iniciais apontam que 16 mil beneficiários correm o risco de não conseguir pagar as mensalidades e serem excluídos do plano por inadimplência.

A alteração dos planos já havia sido votada na última reunião do Conselho, no dia 30 de maio. Na ocasião, os votos ficaram empatados (4x4). Nessa segunda votação, o presidente do Conselho Deliberativo indicado pela Cemig utilizou o ilegal “voto de Minerva”. De acordo com alterações no estatuto, o presidente pode usar o voto de Minerva em segunda votação.

Entenda

Em Assembleia realizada em 2 de maio pelas patrocinadoras da Cemig Saúde, foi deliberada, de forma unilateral e irregular, a alteração do Estatuto da entidade, concedendo ao presidente o voto de qualidade/minerva, o que desequilibrou a correlação de forças dentro do Conselho. Isso aconteceu sem aprovação prévia do Conselho.

Já sabendo da proposta que colocaria fim ao plano atual, e na tentativa de evitar essa votação, o Sindsul entendeu que a renúncia coletiva seria a única opção viável. A renúncia coletiva não resolveria de vez a questão, mas geraria um fato novo, aumentando a pressão além de dar tempo para a justiça se manifestar a respeito do processo movido pelo Sindsul denunciando a ilegalidade da alteração estatutária.

Perdemos o efeito que a renúncia do Conselho traria. Agora, temos que torcer por uma procedência nas ações judiciais e continuar lutando pela criação do grupo de estudos proposto pelo Sindsul desde o início das negociações, para buscarmos a manutenção do plano de saúde viável para todos e todas.

Continuamos na luta!